Apaixonada por todos os esportes!
5333X1000
5333X1000
previous arrow
next arrow

Furtos de fios crescem em SC e geram prejuízos e transtornos à população

Por ECX Online

Na manhã do dia 2 de agosto, uma empresária em Florianópolis descobriu que toda a fiação de seu salão havia sido levada, deixando o espaço sem energia elétrica e impossibilitando o atendimento por várias horas. O fato gerou prejuízos financeiros e transtornos para clientes e funcionários.

Casos como esse refletem um problema crescente em Santa Catarina. Segundo informações divulgadas pela NSC, entre janeiro de 2024 e setembro de 2025 foram registrados mais de 8 mil furtos de fios, sendo 3 mil ocorrências somente neste ano.

O crime envolve diferentes etapas e atores. Pessoas em situação de vulnerabilidade social retiram os cabos de cobre, que depois são vendidos a estabelecimentos irregulares. O material possui alto valor no mercado clandestino, chegando a custar dezenas de reais por metro, enquanto a reposição da fiação é cara e demorada, afetando o fornecimento de energia e provocando transtornos em residências, comércios e serviços públicos, como escolas e creches.

Ainda segudo divulgado pela NSC, além do prejuízo financeiro, os furtos geram riscos à segurança da população. Apagões, semáforos desativados, curtos-circuitos e até explosões são consequências frequentes. De acordo com portal citado, somente em 2025, os furtos de fios já causaram mais de R$ 900 mil em prejuízos à Celesc, um aumento de 20% em relação ao ano anterior.Cidades do litoral e da região metropolitana, como Florianópolis e Palhoça, registram em média dois a três casos de furto por dia. Além de residências e comércios, escolas, creches e espaços públicos são afetados. Em Blumenau e Joinville, grupos especializados chegaram a se passar por eletricistas para furtar a fiação de postes e parques públicos.

Para enfrentar o problema, autoridades combinam ações de fiscalização com programas sociais voltados a pessoas em vulnerabilidade. A NSC informou que, em Florianópolis, a assistência social realiza abordagens semanais e oferece cursos profissionalizantes, buscando gerar alternativas de renda legal e reduzir a reincidência.

Paralelamente, a concessionária reforça a infraestrutura, substitui fios de cobre por alumínio sempre que possível e instala tampas de concreto em caixas subterrâneas para dificultar novos furtos.

A legislação federal também foi endurecida. A pena para quem furta fios elétricos passou de quatro para até oito anos de prisão. Apesar das medidas, especialistas alertam que o problema só terá redução significativa se houver ação integrada entre políticas sociais, fiscalização e conscientização da população sobre os impactos da receptação do material furtado.

você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.