Busca por vítimas na BR-376 entra no terceiro dia com risco de desabamento de estrada
por ECX Online
BR 376 – A busca porvítimas no deslizamento de terra que atingiu a BR-376, entre Santa Catarina e o Paraná, foi retomada nesta quarta-feira (30). Mais de vinte veículos foram atingidos pelo fenômeno, que ocorreu na noite de segunda-feira (28) no km 669 da rodovia, em Guaratuba. Até o momento, seis pessoas foram resgatadas com vida e duas morreram. Conforme a Defesa Civil do Paraná, há risco de desabamento da estrada. As informações são do g1 PR.
Conforme o órgão paranaense, o mau tempo dificulta as buscas na região. No fim da tarde desta terça-feira (29), o trabalho de resgate teve que ser interrompido por conta da chuva. O Coordenador da Defesa Civil do Paraná, coronel Fernando Shunig, explica que o local está totalmente instável.
— Essa terra tem um peso muito grande sobre a pista, e uma pista que está sobre uma região suspensa, correndo o risco, inclusive, de desabar a pista. É um cenário muito complexo de ser trabalhado — diz.
Além disso, o comandante do Corpo de Bombeiros do Paraná, coronel Manoel de Figueiredo Junior, afirma que há alto risco de novos deslizamentos na rodovia. Segundo o geólogo Renato Lima, o Centro de Apoio Científico em Desastres da Universidade Federal do Paraná (Cenacid/UFPR), a retirada de terra no local só deve engrenar quando parar de chover e que o monitoramento das encostas deve continuar.
Concessionária afirma que trecho não apresentava riscos
A Arteris Litoral Sul, concessionária que administra a via, afirmou nesta terça-feira (29) que o trecho onde ocorreu o deslizamento “não apresentava risco” e era monitorado periodicamente. Em nota, a empresa alegou que tem um programa permanente para o monitoramento de encostas e que a prioridade máxima no momento é o resgate de possíveis vítimas.
Equipes da concessionária estão mobilizadas para dar suporte aos órgãos de segurança. “Concluída essa etapa, que inclui a desobstrução total do trecho, será iniciado o trabalho de avaliação da rodovia para a futura liberação do tráfego em condições de segurança. Esse trabalho inclui a participação de profissionais geotécnicos”, diz a nota.
Em entrevista coletiva nesta terça-feira, a Defesa Civil do Paraná afirmou que a Arteris sabia que as chuvas apresentavam riscos para o tráfego na pista e da “vulnerabilidade técnica” do local.
— É uma área de bastante vulnerabilidade técnica e necessita obras de contenção disso aí. Tanto que a concessionária estava fazendo obras, trabalhando nesse local, prevendo e sabendo desse risco — explica o coronel Fernando Raimundo Schuning.
ECX Online / G1 PR








