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Após ataque em creche, SC anuncia colocar um policial armado em cada escola estadual em até 60 dias

por ECX Online

BLUMENAU – O governador Jorginho Mello (PL) anunciou nesta segunda-feira (10) que, em até 60 dias, todas as escolas estaduais de Santa Catarina terão ao menos um policial armado. A decisão ocorre após o ataque em uma creche de Blumenau, no Vale do Itajaí, que matou quatro crianças.

A iniciativa custará R$ 70 milhões ao ano e será implementada em 1.053 unidades de ensino. Além de policiais militares que estão na ativa, o Estado planeja chamar profissionais aposentados.

O ataque ocorreu na quarta-feira (4), na creche Cantinho Bom Pastor. Além dos mortos, cinco crianças se feriram. As vítimas tinham entre 4 e 7 anos de idade.

“Onde a criança estiver brincando ele [agente de segurança] tem que estar junto. As crianças estão no parquinho ele tem que estar junto”, disse o governador.

 

Além dos agentes armados, o governo anunciou a criação de um protocolo de segurança com ronda reforçadatreinamento de professores para reação em situações de violência, um centro integrado de operações policiais e a criação de um Comitê Permanente de Segurança nas escolas.

Em relação às creches e escolas municipais, Mello afirmou que o Estado não irá exigir a escolta armada e que será de responsabilidade de cada administração a decisão. “A gente vai ter colaboração com os prefeitos e entendimentos, mas é de responsabilidade do município.”

“Já começamos o processo. A ronda na escola já começou, o vigia na escola já começou. E o homem ou a mulher armada dentro da escola em 60 dias a gente começa”, disse.

Após o crime, a prefeitura de Blumenau anunciou férias na rede municipal de ensino para contratar segurança privada. As aulas retornam em 17 de abril.

Outras medidas, como a implantação de 125 câmeras nas escolas do município, já haviam sido anunciadas pela prefeitura após o ataque à creche. A creche onde houve o ataque fará uma reunião com órgãos do governo, na terça (11), para traçar planos de segurança.

Em entrevista na sexta-feira (7), a fundadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Violências (NUVIC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Ana Maria Borges de Sousa, já havia afirmado que a presença de vigilantes ou a policiais nas escolas em uma lógica de “criar personagens que fazem a repressão” pode auxiliar no combate das violências, mas não é suficiente.

Segundo a especialista, é necessário políticas públicas, com o auxílio da comunidade escolar, gestões e governos para incentivar uma cultura de direitos humanos e de direito à vida.

“A gente precisa incentivar nas escolas, nas famílias nas instituições uma cultura de direitos humanos e de direito à vida. É preciso implementar uma gestão de cuidado com a vida” explica.

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