Filho que matou mãe a facadas enquanto ela dormia em SC é condenado a 22 anos de prisão
Por ECX Online
Um homem foi condenado a mais de 22 anos de prisão por matar a própria mãe a facadas e ferir outras três pessoas em Balneário Rincão. A condenação foi realizada pelo Tribunal do Júri de Içara e divulgada nessa quarta-feira (9). Os crimes foram registrados em fevereiro de 2024 e o réu estava preso desde então.
Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a motivação do crime foi um desentendimento entre mãe e filho por conta do barulho excessivo que o réu teria feito durante a noite. Durante a madrugada, enquanto a vítima dormia, ele a esfaqueou, causando ferimentos graves. A mulher não resistiu e morreu no local.
Ainda na residência familiar ele feriu o próprio pai, uma amiga da família e um vizinho próximo dos envolvidos. Durante as agressões, os três tentaram intervir e também foram atingidos por facadas. Eles acionaram a Polícia Militar e, apesar dos ferimentos, conseguiram se salvar.
Dessa forma, o réu foi condenado a 21 anos e quatro meses de prisão em regime fechado, com as qualificadoras de motivo fútil e o crime de feminicídio, pelo contexto de violência doméstica e familiar. Ele também foi condenado a mais nove meses e 15 dias de detenção pelo crime de lesão corporal, por ferir outras pessoas na ocorrência.
Vítima possuía medida protetiva contra o filho
Conforme boletins de ocorrência da Polícia Militar, o autor, de 25 anos, era usuário de drogas. A vítima tinha uma medida protetiva de urgência contra o filho, concedida pela Justiça.
Segundo os relatos ao longo do processo, a mãe havia aceitado a presença do filho em sua casa para um churrasco em família, apesar da medida protetiva. Testemunhas relataram que, ao longo do dia 10 de fevereiro de 2024, os envolvidos consumiram bebidas alcoólicas e, durante a madrugada do dia seguinte, o réu passou a agir de forma agitada. Após uma discussão, o autor atacou a mãe enquanto ela dormia.
O pai, que tentou impedir a agressão, foi atingido com um golpe de faca no pescoço. A amiga da família levou uma facada no ombro e o vizinho foi esfaqueado no braço e no peito, após tentar desarmar o agressor. Na época, o réu foi preso em flagrante e seguiu em reclusão até o dia do julgamento. Ele ainda teve o direito de recorrer em liberdade negado.








