Polícia apreende R$ 4 milhões em roupas e produtos falsificados em Brusque

BRUSQUE – Uma operação apreendeu cerca de R$ 4 milhões em mais de 10 mil peças de roupas e produtos de vestuário falsificados, vendidos em lojas de Brusque, no Médio Vale do Itajaí. Foram 11 mandados de busca cumpridos nesta terça-feira (26) em 11 estabelecimentos. A ação, batizada de “Etiqueta Segura III”, pode ocorrer novamente em outros municípios.

Conforme o delegado Pedro Mendes, da Delegacia de Investigação aos Crimes contra a Fazenda Pública do Estado, o objetivo foi combater os delitos contra as marcas, relações de consumo e tributários. Em parceria com outras instituições, como o Procon SC, os policiais cumpriram os 11 mandados em locais que vendiam produtos piratas.

A fiscalização foi organizada depois que olheiros de mais de 40 marcas, muitas delas internacionais, perceberam a grande quantidade de produtos falsos comercializados. Com as denúncias, um inquérito foi aberto. Pelo levantamento prévio, os produtos totalizam aproximadamente R$ 4 milhões, considerando apenas o preço de custo.

Foram 115 sacolas lotadas de roupas, calçados e acessórios retirados das lojas, que ficaram com boa parte das prateleiras vazias depois da visita das autoridades. O endereço delas não foi divulgado.

— Nossa experiência mostra que quem falsifica também sonega impostos. Por isso os produtos foram encaminhados para a perícia e a Secretaria da Fazenda vai fazer um levantamento dos documentos apreendidos para apurar a quantia que foi sonegada — explicou o delegado.

Mendes destaca que os preços atrativos já deixavam claro para os clientes a procedência das peças. Os donos das lojas devem prestar depoimento na próxima semana e, a depender da conclusão das análises, serão indiciados por crime contra as marcas, sonegação de impostos e de relações de consumo, que resultam em multas.

Essa foi a terceira vez que a Operação Etiqueta Segura atuou no Estado desde o segundo semestre do ano passado. Nas duas anteriores, a Polícia Civil descobriu R$ 10 milhões em impostos sonegados. Se as marcas fizerem novas denúncias, outras ações do tipo podem ocorrer.

NSC