A seleção brasileira empatou em 0 a 0 com o Equador nesta quinta-feira (5), no Estádio Monumental de Guayaquil, em partida válida pela 15ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. O jogo marcou a estreia do italiano Carlo Ancelotti como treinador do Brasil.
Em uma atuação apagada, o time comandado por Ancelotti pouco ameaçou o gol adversário e saiu de campo sem balançar as redes, somando um ponto que mantém o Brasil na zona de classificação direta ao Mundial.
O jogo foi marcado por equilíbrio na posse de bola e poucas emoções ofensivas. O Brasil teve mais finalizações (7 contra 3), mas apenas duas foram em direção ao gol, o que demonstra que a produção ofensiva ficou abaixo do esperado.
A melhor chance da equipe verde e amarela veio aos 30 minutos do segundo tempo, em chute de Casemiro defendido pelo arqueiro equatoriano.
Do outro lado, o Equador assustou em jogada de Estupiñán e em um chute de Yeboah, mas também parou na defesa brasileira.
Apesar das tentativas de Vini Jr. pelas pontas e das trocas promovidas no segundo tempo, a seleção não conseguiu impor intensidade ou criatividade no ataque.
A equipe ainda demonstrou dificuldade na construção das jogadas.
Com o empate, o Brasil chega a 22 pontos e permanece na quarta colocação, atrás de Argentina, Equador e Paraguai. A seleção equatoriana, por sua vez, chega a 24 pontos e segue em segundo lugar.
O Brasil volta a campo pelas Eliminatórias na próxima terça-feira (10), em São Paulo, contra o Paraguai.
Análise do comentarista Daniel Schmitt
O Brasil teve dificuldades para criar jogadas e levar perigo ao gol adversário. O fato de ter apenas dois chutes a gol reflete claramente a baixa produção ofensiva da equipe. Faltou maior dinâmica na transição ofensiva, com pouca movimentação entre os setores que ajudasse a desorganizar a defesa do Equador.
As opções pelas laterais foram limitadas, com poucos avanços e sobreposições, tornando o ataque previsível e facilitando a marcação adversária.
No setor defensivo, o Brasil se mostrou bem posicionado, com compactação entre linhas e marcação eficiente, impedindo contra-ataques do Equador.
Para os próximos jogos, Ancelotti precisa trabalhar a circulação rápida da bola e a movimentação dos jogadores para abrir espaços, tornando o ataque mais incisivo e capaz de furar defesas bem postadas.