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Evanio Prestini é condenado à prisão no Caso Jaguar, mas sai pela porta da frente do Fórum

por ECX Online

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SANTA CATARINA – O empresário Evanio Prestini foi condenado a oito anos, seis meses e 20 dias de prisão, em regime inicial fechado, pela morte de duas jovens e por ter deixado outras três feridas em um acidente na BR-470, em Gaspar, em fevereiro de 2019. O julgamento do chamado Caso Jaguar se estendeu por 16 horas desde a manhã de quarta-feira (19) até o início da madrugada de quinta (20). Motorista do carro de luxo, ele ainda teve a proibição do direito de dirigir estendida por mais dois anos e meio.

Apesar da pena, Evanio Prestini, hoje com 37 anos, seguirá em liberdade e saiu pela porta da frente do Fórum pouco antes das 2h, acompanhado dos advogados e familiares.

A defesa de Evanio informou que não vai recorrer da decisão do júri popular. O motorista do Jaguar não voltou à cadeia mesmo diante da sentença porque, conforme o Código de Processo Penal, apenas penas iguais ou superiores a 15 anos devem ser cumpridas de imediato. Além disso, as medidas cautelares impostas a ele desde quando foi solto, em julho de 2019, serão descontadas do total da pena. Isso deve permitir uma mudança do regime fechado para semiaberto ou até aberto.

A decisão final sobre o regime de cumprimento da pena será publicada em cinco dias. Vale lembrar que Evanio chegou a ficar cinco meses no Presídio Regional de Blumenau após o acidente e, ao ser solto, foi proibido de sair de casa à noite, ir a bares e boates, entre outras medidas impostas pela Justiça.

— Estamos contentes porque fizemos um julgamento muito bom, onde as partes puderam debater livremente. E o júri reconheceu que houve um crime grave, mas saiu dentro do que nós esperávamos. Em princípio não haverá recursos, porque estamos conformados com a situação e a pena foi proporcional — pontuou o advogado José Manoel Soar, um dos integrantes da defesa de Evanio.

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), responsável pela acusação, informou que em princípio não deve recorrer da sentença, pois teve a tese de dolo acatada pelo júri, confirmando que Evanio provocou o acidente — apesar de a defesa ter tentado responsabilizar a motorista do Palio. Questionado sobre o empresário sair solto do julgamento, o promotor Ricardo Paladino explicou:

— São decisões reiteradas dos tribunais superiores dizendo que se o réu respondeu ao processo em liberdade e cumpriu neste período todas as condições fixadas pelo juiz, ele tem o direito de recorrer também em liberdade. Então o MPSC já imaginava que em caso de condenação seria adotado esse mesmo critério.

duas vítimas fatais do acidente), que acompanharam o dia inteiro de julgamento com interrogatório das jovens sobreviventes, deixaram o tribunal em silêncio e com lágrimas nos olhos. Thayná Carolina Cirico, uma das sobreviventes da colisão, também esteve no Fórum durante todo o dia e não conteve as lágrimas diante do resultado do júri.

Ao final do julgamento, Evanio trocou abraços com familiares e os advogados de defesa. Ele não quis se manifestar sobre a sentença, mas ao prestar depoimento pediu perdão às famílias das vítimas.

 

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