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Exploração de petróleo em SC exige discussão técnica e sem ideologia

Por Evandro Corbari

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BRASIL – Está marcada para outubro a 17ª Rodada do leilão da Agência Nacional de Petróleo (ANP) para dezenas de blocos de exploração no litoral catarinense. O assunto que envolve bilhões de reais provoca reações de ambientalistas e será discutido em audiência pública nesta quinta-feira (5) na Alesc.

 Uma pesquisa feita pelo Instituto Internacional Arayara indica que podem ser perdidos até 300 mil empregos da cadeia produtiva da pesca em Santa Catarina, caso seja instalada a logística para exploração de petróleo e gás natural no litoral de Santa Catarina.

“Além da perda de empregos, haverá também uma sensível redução na arrecadação de impostos e no consumo de proteína animal por parte dos catarinenses”, observa o engenheiro Juliano Bueno de Araújo, diretor-técnico do Observatório do Petróleo e Gás e do Instituto Arayara e coordenador da pesquisa.

Segundo ele, “não há como compartilhar a área. São ambientes sensíveis e teremos uma redução de 70% do pescado na região a partir do sétimo ano”, conclui.

A coluna conversou com o professor Daniel Bettú, do Departamento de Engenharia de Petróleo da Udesc, em Balneário Camboriú. Ele explica que há, ainda, uma demanda real por petróleo e que a sua extração requer cuidados.

“A sociedade global demanda diariamente a produção de cerca de 100 milhões de barris de petróleo equivalente. Apesar do cenário internacional mostrar ampla expansão de fontes renováveis para atendimento dessa demanda, estima-se que nos próximos 20 anos seja necessário aumentar a produção de petróleo em cerca de 20%. O Brasil atualmente contribui com cerca de 3,5% da produção global e não está descolado dessa realidade. É saudável a migração do setor energético global para fontes renováveis, mas nas próximas décadas é inevitável que novas descobertas ocorram para que não haja escassez energética e de matéria prima para inúmeros produtos, incluindo matéria prima para os sistemas de geração renováveis. Cabe à indústria adotar as melhores práticas para que a exploração e produção de petróleo seja realizada adequadamente, com segurança ambiental, humana e das estruturas necessárias à produção.”

É evidente que o petróleo não é o combustível do futuro. Os ventos sopram por fontes renováveis e energia limpa. Entretanto, ele ainda é uma realidade e uma matriz energética importante e necessária. Seus royalties podem render bilhões de reais e serem carimbados para saúde e educação, por exemplo. O Brasil e Santa Catarina podem se dar o luxo de abrir mão desse potencial?

Claro que tal fato não deve significar esquecer as fontes renováveis de energia, um ativo cada vez mais valorizado num mundo que exige e dá valor à sustentabilidade ambiental.

Entretanto, o correto não seria fazer os estudos adequados, analisar o custo/benefício e, se for o caso, utilizar na prospecção do petróleo o que há da tecnologia mais moderna para evitar impactos negativos no meio ambiente ?

Fonte: NSC

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