Família de ex-vereadora que morreu em acidente na BR-470, em Indaial, será indenizada
por ECX Online
INDAIAL – A família de Elisabeth Helena Rausch Frantz será indenizada cinco anos após a ex-vereadora de Itapiranga, no Oeste do Estado, morrer em um acidente de trânsito na BR-470, em Indaial. A Justiça Federal condenou nesta segunda-feira (19) o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e uma empresa responsável por obras a pagarem R$ 300 mil por danos morais.
Foi considerado que as causas do acidente foram as más condições de tráfego no local e que houve omissão no dever de manutenção da rodovia por não ter iluminação adequada e sinalização dos desvios por conta de obras de duplicação. Na sentença, o juiz citou uma informação da Polícia Rodoviária Federal de que nos anos de 2019, 2020 e 2021 ocorreram diversos acidentes semelhantes, nos quais outros motoristas saíram da pista no mesmo Km em que Elisabeth se acidentou.
O acidente aconteceu na noite do dia 27 de maio de 2020 quando a ex-vereadora, de 58 anos, dirigia por um trecho da BR-470, em Indaial, em que ocorriam obras de duplicação. A motorista perdeu o controle no Km 66 da rodovia, bateu em uma defesa, capotou e, por isso, o veículo caiu dentro de uma lagoa. O Corpo de Bombeiros Voluntários de Indaial atendeu a ocorrência e Elisabeth foi levada ao Hospital Beatriz Ramos, mas não resistiu. Conforme o processo judicial, a causa da morte foi afogamento.
“O grande volume de veículos que transitam na BR-470 convive diariamente com vários desvios na pista, sem correta sinalização, em expressiva parte de sua extensão. A ocorrência de acidentes na referida BR também é recorrente, tudo em razão do seu mau estado de conservação e ausência de adequada sinalização de desvios, obstáculos e das obras propriamente ditas”, afirmou o juiz do caso, Vitor Hugo Anderle, durante a sentença.
A indenização será dividida entre o marido, a filha e o filho de Elisabeth. Segundo a Câmara Municipal, ela foi vereadora na 12ª, 13ª e 14ª legislaturas entre os anos de 2001 e 2012. Na época, a prefeitura decretou luto oficial de três dias por causa da morte.