ELEIÇÕES – O senador Jorginho Mello (PL), que foi alçado ao posto de favorito ao governo de Santa Catarina de carona com Bolsonaro (PL), estabeleceu como meta aumentar em pelo menos um milhão a votação do presidente em Santa Catarina. O número leva em conta as abstenções, que somam 1,2 milhão de eleitores no Estado, os indecisos e potenciais “vira-voto”.
O fato é que o presidente Jair Bolsonaro inverteu a lógica tradicional da política na busca de votos. É ele o grande impulsionador das candidaturas nos estados, capaz de catapultar para a vitória quem conseguir colar suficientemente o rótulo de bolsonarista. Mas, para tirar a diferença que o separa de Lula (PT) no segundo turno, todo voto conta – e Bolsonaro precisa do trabalho de base, que Jorginho se propôs a fazer.
Essa é a lógica de encontros como o que Bolsonaro promoveu no início do mês em Balneário Camboriú, com prefeitos de todas as regiões do Estado: convencer cada eleitor.
Há desafios em todos os caminhos. Primeiro, porque os vira-votos são minoria numa eleição em que mais de 90% do eleitorado diz ter o voto consolidado. O limbo potencial está entre brancos, nulos, e eleitores dos candidatos que não chegaram ao segundo turno – pouco mais de 8% do eleitorado em SC. Nas abstenções, o número é alto (1,2 milhão). Mas a leitura é de que os abstêmios são os eleitores que ou estão desiludidos com a política, ou são cadastros desatualizados. Nesse caso, o número real pode ser bem menor do que aparenta.
Coloque-se nessa conta que todos esses votos “à solta” estão em disputa pela esquerda, que também busca aumentar a votação de Lula (PT). O trabalho de Jorginho é grande, e a meta é alta: como adiantou o colega Anderson Silva, ele pretende elevar a votação de Jair Bolsonaro em SC para 80%, o que seria um resultado ainda melhor do que ele teve no segundo turno de 2018 no Estado.
NSC








